quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Chuvas devastam cidades (Sim, de novo)


Todo o país se lembra das chuvas em 2011 que desolaram a região serrana do Rio de Janeiro, destruindo cidades como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, que mataram milhares. Estas cidades juntas tiveram prejuízos inestimáveis: perderam construções históricas, órgãos públicos, escolas ficaram mais tempo do que deveriam sem aulas, não havia hospital para todo mundo, muitos perderam casa, móveis, carros, enfim, tudo o que tinham. A prefeitura de Petrópolis cancelou o carnaval desse ano para destinar a verba para a reconstrução da cidade que ainda sofre com os estragos de chuvas de dois anos atrás.

Nesta semana, uma mulher morreu no deslizamento de terra que ocorreu na Imigrantes, na altura de Cubatão. Ainda nesta semana, assistindo ao SPTV, vejo que cidades no litoral norte de SP, como São Sebastião sofreram com deslizamentos de terra e enchente devido às chuvas. Isso sem falar nas tradicionais enchentes na região metropolitana da capital que já estão virando patrimônio histórico. São Paulo passou de "terra da garoa" para "piscinão". Verão sem enchente eu acho estranho. Mesmo.

E as donas autoridades que não me venham falar que é a culpa é do alto volume de chuvas (ENTENDA) porque estamos num país tropical onde tempestades de fim de tarde no verão são cientificamente esperadas, assim como os 30 graus durante o dia.

Na região serrana do Rio morreram milhares; em São Sebastião, foi-se uma menina de de 11 anos; e na Imigrantes, num deslizamento de terra que atolou uma parte da rodovia na altura de Cubatão, uma mulher de 43. Milhares ou duas não veem ao caso agora. Ninguém deveria ter morrido nem muito menos ter virado apenas mais uma estatística.

Quem se responsabiliza por essas vidas? Pelos dias de trabalho perdidos por ter tido o carro completamente inundado? Pelas parcelas dos móveis que ainda nem foram quitadas e que já foram destruídos pela enchente? Pelas fotos e lembranças que a terra soterrou?

Só tenho certeza que a culpa não é de São Pedro.



Quem vai a São Sebastião para curtir a praia pode tirar um tempo para num dos três postos ajudar com doações: na base Defesa Civil, na praia dos Trabalhadores; no ginásio de esportes de Boiçucanga, que fica na Rua do Cascalho; e o na Secretaria de Segurança Urbana, na Avenida Guarda Mor Lobo Viana.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Metrô 24 horas em São Paulo: E aí, você concorda?


Um estudante de administração chamado Rômulo Zillig começou nessa semana um abaixo-assinado para que o metrô de São Paulo funcione 24 horas. Ele, que estuda à noite na zona norte e mora na periferia da zona sul, alega que se o professor da última aula demorar para liberar os alunos, ele pode ficar sem ir pra casa no mesmo dia.

Aproximadamente 80 mil pessoas já aderiram ao movimento.



Parece uma boa ideia do ponto de vista da nova lei seca. Ela está mais rigorosa, com tolerância zero. Quem vai a barzinhos beber, tem que pagar um táxi para voltar para casa ou arranjar carona. Como a bandeirada 2 do táxi em SP não está nada barata, o bolso agradeceria se o metrô funcionasse initerruptamente.

Porém, como todo sistema, o metrô precisa de manutenção. E ela é feita durante as aproximadamente 4 horas que ele fica fechado durante a madrugada. Se ele funcionasse direto, quando a manutenção seria feita? E por falta de manutenção, problemas grandes poderiam aparecer a qualquer hora. Já imaginou uma pane às 18 horas? O apocalipse seria instalado em Sampa.

Uma alternativa seria termos ônibus funcionando 24 horas. Há carros suficientes para revesamento enquanto os outros estão em uso.

Ideias contrárias viriam dos motoristas e cobradores, com razão, reclamando da segurança, e das empresas de ônibus alegando que não há tanto público durante a madrugada para manter os ônibus em uso.

Então, o que fazer? Pedir para as pessoas pararem de sair à noite para se divertirem? Diminuir a carga horária de trabalho para que as pessoas saiam mais cedo e tenham mais tempo à noite? Diminuir a bandeirada dos táxis, mesmo com toda a máfia que circunda esse mundo? Arrumar um amigo sóbrio que dê carona?

É certo que as pessoas não vão parar de sair para beber e é quase certo que não teremos transporte público 24 horas. A mobilização que esses abaixo-assinados pela internet causam é significante.

O país está mergulhado numa inflação pavorosa onde, na minha cidade, o preço da passagem de ônibus passou de 2,90 para 3,30. Esses 40 centavos no fim do mês fazem uma diferença e tanto para a nova "classe-média" que tem smartphone mas que ainda anda de ônibus. O preço da gasolina, dos estacionamentos e dos próprios automóveis também não anima muito comprar um carrinho para fugir do transporte público.

Talvez devêssemos começar aos poucos, como por exemplo, reivindicando 1 hora a mais no funcionamento do metrô e dos ônibus, porque não dá para ir da água ao vinho em segundos.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Domingo de Oscars


Hoje os Academy Awards, a.k.a. Oscars, completam 85 anos. E tradicionalmente neste dia acompanhamos as contagens regressivas para a cerimônia, desde palpiteiros tentando prever os vencedores até a cobertura do tapete vermelho para ver os modelitos cheios de grife das celebridades e vê-las jogando conversa fora com Giuliana Rancic e Ryan Seacrest.


Eu sempre assisto ao tapete vermelho e à cerimônia logo em seguida, por mais que ela sempre acabe depois da meia-moite e que no dia seguinte eu tenha sérios problemas para levantar de manhã.

O que eu sei sobre os Oscars desse ano é que a grande favorita à melhor atriz coadjuvante é Anne Hathaway, por seu papel em "Os Miseráveis", que eu assisti e gostei pacas (é um musical do começo ao fim, ou seja, todas as falas são cantadas, mas não é nem um pouco maçante. O diretor acertou em cheio nos diálogos e nas cantorias). Ah, também tem o Daniel Day-Lewis que está concorrendo a sua terceira estatueta de melhor ator pelo filme Lincoln, no qual ele faz o personagem homônimo. Day-Lewis ganhou seu primeiro Oscar em 1989, pelo filme "Meu Pé Esquerdo". Para esses dois atores, é vitória é praticamente certa.

Anne Hathaway, em "Os Miseráveis"
Daniel Day-Lewis, em "Lincoln"
A boa disputa da noite fica para o prêmio de melhor atriz. Na peleja, temos Jessica Chastain com "A Hora Mais Escura", que traz a história da ação que capturou e matou Bin Laden e Jennifer Lawrence em "O Lado Bom da Vida", que surpreendeu pela aclamação já que comédias românticas não são levadas muito a sério em Hollywood. Estas duas são as grandes favoritas. Chastain ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz em um filme dramático e Lawrence faturou o prêmio de melhor atriz em um filme musical ou comédia. Geralmente, o Globo de Ouro é onde as disputas são definidas, porque as vitórias acabam indo para as mesmas pessoas nos Oscars. Só que nos Oscars só existe uma categoria de atriz principal. Veremos. Uma grande zebra pode ser a atriz francesa Emmanuelle Riva, em "Amour", que ganhou o César, o Oscar francês, semana passada. Esta categoria ainda traz uma curiosidade: a mais nova e a mais velha indicadas ao prêmio de melhor atriz. Quvenzhané Wallis tem apenas 9 anos, enquanto Riva completa 85 exatamente nesse domingo de Oscars. Ah, nesse ano não temos Meryl Streep! Ufa!

Jennifer Lawrence, em "O Lado Bom da Vida"

Jessica Chastain, em "A Hora Mais Escura"

A parte divertida fica para as categoria de melhor diretor, na qual Ben Affleck, com "Argo", está fazendo o rapa em todas as outras premiações, não está indicado. A Academia deve estar se mordendo, ou não dando a mínima para Affleck que já fez um filme bomba com Jennifer Lopez num passado não muito distante.

A apresentação fica por conta de Seth MacFarlane, que é mais conhecido por ter criado Family Guy e co-criado The Cleveland Show, dois irmãos longínquos e mais sarcásticos de Os Simpsons.

Aqui no Brasil, quem transmite a cerimônia é a TNT, a partir das 21h30 e a Globo, a partir das 23h50.